Romário x Ronaldo

Atendendo pedido, vou dar continuidade com o mais díficil dos embate até aqui: "O gênio da área" contra "O fenômeno".
A ficha técnica dos dois é invejável: prêmios FIFA, Copa do Mundo, títulos por clubes e seleção brasileira.
A diferença é que um não foi maior porque não quis, e o outro porque não pôde.

Romário em 1995, melhor do mundo e atacante do timaço do Barcelona resolve largar a Europa, aos 29 anos de idade, para voltar ao Brasil. O baixinho preferiu a praia, os privilégios, as baladas.
Poderia ter ganhado mais títulos com o Barcelona, ser mais vezes melhor do mundo, fazer (ainda mais) história mundialmente. Poderia ter chegado ao nível de um Maradona, quase mito. Mas preferiu o fute-vôlei.
Com certeza, foi um prazer vê-lo jogando no Brasil, entortando o pobre Amaral. Jogou demais em 2000, marcando muitos gols e sagrando-se campeão do Havelanjão e Copa Mercosul. Foi artilheiro, aos 40 anos, do campeonato mais difícil do mundo, o Brasileirão.

Ronaldo, garoto prodígio. Parecia uma força da natureza, um furacão. De tantos gols impossíveis e jogadas mágicas. Ronaldo fazia o que queria. Fisicamente, em um nível acima de qualquer outro jogador. Aliava técnica, habilidade, força e velocidade. Era impossível pará-lo nos tempos Barcelona.
Mas as lesões não o deixaram ser maior. No seu auge, entre 1999-2001 Ronaldo ficou quase 2 anos parados. O que ele não poderia ter feito nesse tempo? Recomeçou e ganhou a Copa 2002. Mais contusões na fase de Real Madrid, e mesmo assim fez mais de 100 gols com a camisa branca. No Milan, mais lesões.

Teoricamente, diria que como centroavante, Romário foi mais completo. Melhor cabeceador e com perfeito senso de colocação.
Ronaldo era mais habilidoso e mais veloz.

O nome Ronaldo nos remete a algo fantasioso. O nome Romário nos remete à genialidade.

O baixinho disse que nunca foi um atleta, que poderia ter se cuidado melhor, mas não teria sido tão feliz. Ronaldo é exemplo de superação, sempre calando os críticos e dando a volta por cima.

Por tudo que foi falado, escalo os dois como dupla titular no meu ataque dos sonhos.

Veredicto: Empate.